Quando for passar dessa pra melhor, com qual sapato irei? Com que carimbarei o chão entre esse e o outro mundo? Tava lembrando de outros sapatos que me com os quais caminhei até hoje. Um deles foi o sapato velho do Roupa Nova. Música maravilhosa. Lembro-me também dos sapatos do Vitor Ramil, compositor gaúcho de primeira linha ( irmão de Kleiton e Kledir). Ele tem uma música que utiliza o sapato como link para lugares e coisas. Um trecho da música diz: "caminharei os meus sapatos por Copacabana, atrás de livro algum pra ler no fim de semana". Só footing. Lembro-me também dos sapatos com asas do herói Mercúrio. Dos sapatos gigantescos de um palhaço que foi a minha terra chamado Biana. Peraí, tô me lembrando também de alguns sapatos que estavam ficando perdidos na poeira do tempo. De um sapato branco que tive, um mocassim. De um sapato marron que meus amigos chamavam de charuto, pois era marron e roliço. De uma bota furada, onde sempre entrava agua e deixava minha meia ensopada. Dos sapatos que eu deixava próximos a árvore de natal, aguardando presentes. Dos sapatos que foram pro lixo, pra nem sei onde. Por falar nisso...é mesmo! Nunca havia pensado nisso. O que será que aconteceu com todos os sapatos que tive nessa vida? Terão sido reciclados? Terão ido parar debaixo da terra, pra virarem quem sabe...petróleo num futuro longinquo? Sapatossauros da posteridade. Vai saber. Mas...vou parar um pouco de falar de sapato. Já fiz um verdadeiro inventário sapatistico. Agora quero ver é o SAPATO da Cia Infinito. Será amanhã e sábado, 22 e 23 no Centro Educacional. Não percam ou levarão uma sapatada.
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