Já fizemos inúmeras paralisações e manifestações na rodovia, já escrevemos milhares de posts, já tivemos matéria em jornal nacional com direito a jatinho e tudo, tivemos shows com diversos artistas de renome, já mandamos centenas de milhares de ofícios para Brasília e acumulam-se os anúncios de que "agora vai". O fato é que não temos representação e nem importância. As empresas aqui instaladas também parecem nada representar em termos de divisas. ArcelorMittal, Usiminas, Acesita, Vale, Cenibra não tem nenhuma importância estratégica. O curioso é que as empresas parecem não se importar pois quase nunca se insurgem ou se manifestam à respeito. As instâncias federais parecem ter uma hierarquização de prioridades em que a 381 ocupa um lugar bem abaixo do topo da pirâmide. Mas afinal, o que são umas mortezinhas perto do gigantismo do país e seu fabuloso crescimento econômico? Outros assuntos vão se tornando prioridades e a 381 fica ali na meiuca, esperando a vez. As instancias estaduais também se omitem como se o problema não afetasse os seus cidadãos. Uma vergonha para o estado dos insurgentes. A voz de Minas apequenou-se, virou uma vozinha fraquinha, um fiapinho de voz. Essa novela da duplicação parece uma coisa diabólica, um escárnio sem nome. Nós que somos povo, que utilizamos a rodovia constantemente teremos de continuar utilizando a velha moedora de carne. Mas não vamos perder a esperança. De repente algum dia, quem sabe depois da Copa, se sobrar algum dinheiro, eles façam alguma coisa. Acho que estão aguardando uma grande tragédia de proporções midiáticas, com centenas de corpos carbonizados ou coisa parecida. Quem sabe se pudermos importar um tsunami? Quando isso acontecer, uma rodovia que não foi duplicada em 40 anos será refeita em 6 dias, assim como aconteceu no Japão.
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