Penso que todos os vícios são malignos. Quase sempre artifícios para driblarmos as pressões do mundo, prazeres pra amortecer o impacto dos problemas. Há algum mal nisso? Não haveria não fossem os excessos. Tomar uma cervejinha não faz mal a ninguém. Mas tem gente que faz da cerveja uma igreja, onde afoga os problemas, pelo menos até o dia seguinte. Tem muitos tipos de vicios. Tem gente que se vicia em cigarros. Ao fumar, tem uma sensação de conforto, de satisfação artificial. Tem gente viciada em chocolate, os chocólatras, que comem chocolate pra tudo. Tem gente que se vicia em sexo. A abstinência gera um nervosismo incontrolável, que quando muito longa, as vezes desemboca em violência e até atitudes radicais de estupros e insanidade. Tem os viciados em remédios, que tomam pílulas pra tudo, hipocondríacos, drogamaníacos. Tem os que se viciam em drogas ilícitas, como a maconha, que parece deixar o sujeito mais calmo. Como a cocaína, que parece proporcionar uma carga extra de energia e auto-confiança. O vicio da internet é uma manifestação moderna. Confesso que estou precisando me desintoxicar do vicio aparentemente inofensivo de acessar o Facebook. A gente fica o dia inteiro de olho nas luzinhas vermelhas pra atender as demandas. Tudo bem que trata-se de um instrumento fantástico de comunicação, mas também representa um ladrão de tempo, altamente dispersivo e contraproducente. Já me disseram e vão dizer de novo: - Ah...então pare de acessar e pare de encher os nossos sacos. Mas aí é que está. Não é fácil controlar os vícios. Dá um comichão, uma vontade incontrolável. Conclusão: o problema muitas vezes não é sujeito usufruir de sua cervejinha, de seu cigarro, da internet, mas saber dosar. Se a pessoa tomar sua cervejinha de forma social, se usar a internet de forma moderada, mal nenhum haverá. O problema é quando há abuso da quantidade e intensidade. É o tal negócio. É sabido que a água faz bem pra saúde, mas em excesso mata por afogamento.
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