quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

ARROZ, ANGU E CALDIM DE CARNE

Esses cientistas divulgam cada pesquisa animadora que eu vou te contar. A última agora é que o cérebro começa a declinar a partir dos 45. Caramba! Já tenho dois anos então de declínio. De agora em diante, só descendo a serra. Quer dizer, até que lancem no mercado um novo produto prometendo revitalizar, devolver esses anos perdidos. Mas tem campanha de todo jeito promovendo ou despromovendo produtos. Até certo tempo atrás, o café era vilão e muitos apontavam seus efeitos como nocivos, gerando nervosismo e consequentemente, doenças do estômago. Só que o governo empreendeu uma campanha de valorização do produto e não se ouviu mais nada contra. Muito pelo contrário. Café passou a ser recomendado como bom pra saúde e pra inteligência. Com relação às carnes consumidas, lembro-me que a carne de porco foi vilã durante muito tempo, depois a carne de boi foi marginalizada, depois veio a gripe aviária demonizando os frangos. A indústria vai usando do marketing e do antimarketing o tempo inteiro e nós consumidores vamos sendo conduzidos pelos ventos do psicomarketing. Mas voltando ao assunto lá do início, de começarmos a perder nossas faculdades intelectuais aos 45, deixa eu colocar a minha teoria. Essa pesquisa foi feita com os ingleses. Tinha de ser.Lá na Inglaterra essa decadência ocorre por atrofia intelectual. Vou explicar. Por lá, o sujeito aposenta-se de verdade e tem uma radical diminuição de pressão. Já no Brasil, o sujeito aposenta-se mas tem de continuar ativo. E meu amigo, na luta pela sobrevivência, neguinho fica com o cérebro afiado, cheio de criatividade e energia. Essa teoria da atrofia se aplica a tudo. O que a gente não usa, atrofia. Se a pessoa não lê, não pensa, não tem desafios a vencer,  atrofia a capacidade de raciocínio mesmo. Do mesmo modo se o sujeito não faz sexo, atrofia o tesão. Os jogadores de futebol quando param, atrofiam todos os músculos, que viram barrigas, gordura e lembranças muito rapidamente. Tá certo que alguns hábitos nocivos colaboram para o declínio de algumas faculdades, mas também, viver sem prazer algum não é viver. Sinceramente acredito que a grande fórmula da felicidade é ser feliz. Para exemplificar isso que estou dizendo, vou contar uma historinha que se passou comigo quando ainda morava em Alvinópolis. Minha mãe tinha um cartório(que hoje pertence ao meu irmão) e em uma tarde, apareceu um senhor acompanhado de sua filha pra passar uma escritura. Eu fiquei espantado quando percebi que o senhor tinha 104 anos de idade. Fiquei mais admirado quando ele assinou o documento sem usar óculos e ainda deu uma lida. Não agüentei e falei pra ele: - Parabéns hein? - Chegar a 104 não é fácil e ainda lendo e escrevendo sem óculos? – Que nada. Eu ainda pretendo chegar pelo menos aos 120. – Vendo o senhor eu não duvido. Mas me diga uma coisa. Como é que conseguiu viver tanto e estar assim tão inteiro? – Uai, eu só bebo e como o que gosto. – Mas o senhor deve ter uma alimentação bem balanceada né? O que o senhor come? – Arroz, angu e caldim de carne. – Como é que é? E a filha dele respondeu – É isso mesmo. Há pelo menos uns 40 anos que ele só come arroz, angu e caldim de carne. Não preciso falar mais nada!

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