Tava pensando, tentando lembrar se já participei de alguma pesquisa de opinião. Não me lembrei! Olha que curioso? Imagino que alguns já foram abordados. Eu nunca fui! Nem sei se devo considerar azar ou sorte. Pelo menos em outra estatística me dei bem. Não engrosso a fileira dos assaltados. Nunca fui vítima de assalto. Já houve até furto em apartamento meu, mas não assalto à mão armada. Devo dizer que sou um típico pesquisador aleatório. Tenho minhas trips de perguntador compulsivo. Não entro num taxi sem perguntar sobre tudo para os motoristas de taxi de BH. Quase todos dizem ter sentido o cano frio de um revólver na cabeça pelo menos por uma vez. A maioria mais de uma. Cruzes, dá pra gelar. Não deve ser uma sensação boa. Mas voltando as pesquisas, elas podem ser instrumentos interessantes para que possamos medir a eficiência de algum trabalho, sua aceitação junto ao público-alvo, enfim. Mas também podem ser direcionadas para dar as respostas que queremos. Basta sabermos fazer as perguntas. E depois, quando de posse dos números, será a hora de criarmos argumentos para dar potência às conclusões a que quisermos chegar. Nem os marketeiros que divulgam resultados parciais acreditam nessas previsões extemporâneas. São as nuvens da política, sempre em mutação. São tentativas de criar factóides, dispersar os opositores e ir cristalizando impressões nas mentes das pessoas. Pobre do governante que se deixar paralisar por essas pesquisas temporãs. Se o líder traçou seus planos e se mantém fiel às diretrizes, se sabe onde está pisando, se está monitorando a relação com seu público, terá grandes chances de colher lá na frente. O negócio é não se deixar iludir por estátuas de sal e hologramas plantados. Tem de ter a firmeza de Jó, não olhar para trás e muito menos para o lado, com risco de também virar estátua de sal.
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