domingo, 29 de janeiro de 2012

METAL ATTACK - O ENCONTRO DA TRIBO - BOM DEMAIS

A tribo reunida

O Metal Attack, realizado no Sindicato dos Metalúrgicos, foi muito mais que um festival de rock: foi a reunião da tribo metal da cidade. Nunca vi tanta camisa preta, tantos objetos metálicos e tanto cabelo em um único lugar. Eu e alguns poucos companheiros calvos destoávamos na abundância capilar. 

Parabéns aos produtores Guilherme e Rogério

Eu costumo dizer que dinheiro e estrutura ajudam, mas as coisas só andam quando existe amor.Guilherme e Rogério são dois apaixonados pelo metal que passaram por cima de problema por problema para que o Metal Attack acontecesse. Vi alguns companheiros sendo injustos com eles por causa da questão dos menores. Os caras trabalharam pra cacete, trouxeram bons shows e fizeram uma festa do metal muito  bacana. Não é justo focar só na questão dos menores como se só isso importasse.   

Passagem de som

A partir das 15 horas o pessoal começou a passar som. Primeiro o Rose In black e depois o Umbigo. Alguém comentou: é sempre assim. A passagem de som atrasada, som montado com atraso. As bandas de fora iriam passar  quando chegassem. Os shows mesmo iriam começar por volta das 18 horas. Mais uma vez alguém comentou: tá vendo? Marcou pra 16 e vai começar só as 18. Falta de organização. Mas aí é que tá. O público também não chega cedo. Pra mudar a cultura é complicado. 

Tá faltando sargento.

Foi um comentário que fiz com o Daniel Bahia. O que tá faltando no mundo é sargento, aquele sujeito pelinha que fica com um apito na boca botando moral em todo mundo, dizendo: vamos lá, vamos lá...tá na hora. Ou com o cronômetro na mão e radical dizendo: acabou o tempo...ou alertando: mais 5 minutos. Mas vamos e venhamos. Tá faltando sargentos em muitos pontos da vida. Sargento também para o público que não chega na hora nunca.

Os shows

No intervalo depois das passagens de som, todos foram tomar banho. Quanto voltei, a primeira banda já estava tocando. 

Show do Rose In Black

O som estava perfeito, a banda no chão, tocando clássicos e agradando a galera metaleira. Talvez tenha sido a banda que teve o melhor som na noite, Só vi alguns problemas na apresentação da banda. Houve muitos brancos no repertório entre uma música e outra. Eu até falei com os caras da banda e eles explicaram que era por causa da troca de instrumentos. Nada que não se resolva com roadies trabalhando pra banda. De qualquer maneira, os fãs de metal nem ligaram pra isso. Só eu que sou um pouco mais chato. O Rose in Black passou no teste a ganhou moral.

Show do Umbigo Trio

Antes do show estive com o Bahia. Ele estava meio preocupado com o tipo de público e o tipo de músicas que esse público curte. O umbigo faz um som muito diferente do que os metaleiros costumam ouvir. Mas por outro lado, quem ouve respeita, pois vê que é um som de reponsa. Daniel é esperto e a banda acaba tocando um led, um Hendrix ou um Rush, junto com as músicas psicodélicas da banda e embora não seja exatamente a estética sonora da tribo, o pessoal vê que tem qualidade rock and roll e umas doidêras by Daniel Bahia. Interessante que o André se soltou mais no palco, mudou a atitude. E Daniel ficou recebendo os espíritos dele. 

Show do Metraliator

Depois entrou a banda Metraliator. Começou um verdadeiro carnaval do metal. A galera dançava como se fosse uma tribo, cada um do seu jeito. Dançavam dando empurrões, trombando, que nem neutrons e prótons, muita energia e uma metralhadora sonora no palco. O som do Metraliator é pesado e pulsante. A banda segura o show só com com canções próprias, mas o pessoal entra em sintonia com o som e vira uma catarse.

Death Riser

Além do instrumental, uma performance de palco com muita energia e direito a cabeleiras-ventiladores. Mais rock pesadíssimo e uma excelente performance.

Carnaval do metal

Enquanto as bandas tocavam, a galera ia se divertindo com a dança selvagem  do metal, uma dança tribal, cada um à sua maneira. Algumas meninas entravam na dança também e se divertiam. O bloco do metal desfilou muito bem no sindicato.

O Metal Attack foi um sucesso, só teve o negócio dos menores...

A questão dos menores não poderem entrar chateou todo mundo. Para os organizadores foi prejuízo, pois muitos menores curtem metal. Houve quem dissesse que houve perda de 50% de público. Então se tem de ter alguém chateado com o ocorrido são os próprios organizadores. Foi triste ver alguns pais chegando com filhos e tendo de voltar da portaria. Mas não adianta a gente ficar chorando. Sugiro o diálogo com a justiça como melhor caminho, para que nos próximos eventos, tenhamos a turma mais nova frequentando,  com segurança.

Tendência em dar mais importância ao negativo

Qualquer empreendimento humano está sujeito a um erro ou outro. Agora, em um evento que foi um sucesso, ficar só procurando focar num ponto considerado negativo , como se o evento tivesse sido um fracasso por causa disso já é uma puta injustiça com quem suou sangue para que o evento acontecesse.

Metal social

Ainda não tenho a foto dos donativos arrecadados, mas vi que foi um volume bacana. Bom ver que a cultura está se solidarizando com quem precisa. Só falta agora certas instancias se solidarizarem com a cultura.

Outras coisas que rolaram no evento

O Tropeirão tava muito bom, tinha tudo à vontade, vendas de camisetas de rock, muita cultura metal e nos intervalos videos de clássicos do metal. 

Senti falta

Senti falta de muitas pessoas lá. Mas cada um tem suas razões. 

Observações finais

Faltou um apresentador que dominasse a linguagem metal para anunciar as bandas e passar mensagens e um fundo de palco. Mas são coisas pra lapidar para os próximos. 

E que venham os próximos...

Tivemos no ano passado o Festiaço, o Pop Rock Festival e agora rolou o Metal Attack. Os festivais estão voltando e isso é muito bom. Para este ano ainda vai ter Rock Pira, Festiaço, Festival em Alvinópolis. Muita coisa legal por vir. 


Agradecimentos


Com o blog é meu, deixa eu fazer alguns agradecimentos. Trabalhar com o Sindicato é sempre um prazer. Termos a confiança de pessoas como Beiço e Quirino é muito honroso. A Casa de Cultura também esteve à disposição, dando o suporte que foi possível. Através do prefeito, que também é rockeiro, estaremos sempre do lado do rock e da cultura jovem. Muito fácil também trabalhar em sintonia com o Major Erasmo, que também gosta de rock e se mostrou muito solícito. E finalmente agradecer ao Rogério e ao Guilherme pela oportunidade. Valeu! 

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