A chuva para alguns é apenas um incômodo, pois molha os pés, as meias, atrapalha os cabelos das mulheres e dá o maior tédio na galera. Mas gera também um incômodo nos que são socialmente sensíveis. Tem gente perdendo tudo, pessoas que terão de reconstruir do zero, recuperar um pouco do que tem, se refazer. Algumas pessoas mesmo não sendo atingidas diretamente, tem o sentimento de cidadania, sentem integrar o coletivo da cidade e se dispõem a ajudar seja como for, cada uma à sua maneira. Nesta hora, embora alguns insistam em usar as tragédias politicamente, a maioria se compromete, arregaça as mangas e ajuda os semelhantes, sem preocupações partidárias. A solidariedade não tem partido. A situação não é fácil. João Monlevade nem é a mais atingida em comparação com outras cidades. Mas não dá pra nos consolar na maior gravidade dos problemas dos outros. Também temos grandes prejuízos e a situação é difícil. Na medida do possível, a cidade está enfrentando a situação com galhardia. Há de se ressaltar o trabalho incansável do pessoal do Departamento de Obras da Prefeitura, do DAE, da Defesa Social e da Área Social. A prefeitura como um todo vem atendendo ao chamado do prefeito Gustavo Prandini e a cidade vai se auto-reparando como pode. Mas é preciso manter o alerta pois as ameaças persistem. A mobilização precisa continuar e até mesmo ser reforçada. Depois será hora de discutir o que fazer. Mas nesta hora, duas coisas são fundamentais: solidariedade e orações. Que cada um se doe um pouquinho para que o semelhante também possa ter um amanhã mais digno.
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